segunda-feira, 15 de abril de 2019

Até já

O mês de março chega ao fim e com ele leva a saudade de um grupo que tantas histórias me ajudou a contar, que tantos sorrisos me ajudou a esboçar, que tantas gargalhas me ajudou a dar.

O mês de março chega ao fim e com ele segue um grupo que iniciou este ano letivo sem o ser. Um grupo que integou uma nova escola e que me apresentou a uma nova escola. Um grupo que começou a sua caminhada com adaptações que trepavam pelo colo, com choros que persistiam nos momentos de transição, com ansiedades que surgiam perante o desconhecido. Um grupo que deu lugar ao nós e que teimou em que a cooperação, a participação, a livre expressão, o cuidado e a empatia fossem as palavras de ordem.

O mês de março chega ao fim e dá lugar ao mês ao mês de abril. Um mês de recomeços, de encontros fugazes à hora de almoço e nos recreios partilhados. Um mês de celebrações ternurentas e estridentes a cada encontro pelos corredores.


O mês de abril tem agora início e, com ele, chega a adaptação a um novo grupo. O começo de uma nova caminhada. 

O mês de abril já se encontra a decorrer e os seus dias muita azáfama têm trazido.

O mês de abril já se encontra a decorrer e, diariamente, teimamos em que a alegria, a construção, a aprendizagem, a cooperação e a empatia se transformem nas nossas palavras de ordem.

O mês de abril é o marco deste recomeço. Um recomeço que sei ser de alegria, aprendizagem e descoberta constantes.


Que sejamos, todos juntos, um grupo que se alegra e completa a cada dia!

domingo, 14 de abril de 2019

Jackson Pollock, quem és tu?

Na nossa sala, acreditamos que "as obras coletivas produzem e sustentam a solidariedade do grupo, ajudam a criar uma comunidade de aprendizagem e criam formas participadas e negociadas de pensar em equipa" (Niza, 2012, p.406). Por esse motivo, todas as obras culturais que vamos realizando vão sendo expostas nas paredes da nossa sala e vamos dialogando sobre elas.


Ao observarmos a pintura que havíamos realizado com os nossos pés e as pinturas que fizemos em pareceria com a Sala da Mariana compreendemos que as mesmas eram parecidas.

"Têm riscos" (M.)
"Muitos riscos." (R.)
"E pintas!" (Ar.)

Ao apercebermo-nos destas semelhanças, partilhei com o grupo duas obras artísticas de Jackson Pollock. Percebemos que, também elas, são compostas por riscos e pintas. Surgiu-nos, então, uma questão:
"Como é que o Jackson Pollock pintava?"

Decidimos, então, iniciar um projeto para encontrarmos a resposta a esta questão.

Fomos, por isso, à biblioteca da nossa escola à procura de livros, que nos ajudassem a encontrar respostas para a nossa pergunta.


Vimos, também, um filme do Pollock a pintar, para conseguirmos compreender a sua técnica artística, que, no decurso desta pesquisa, descobrimos chamar-se ...

"[O nome] É muito difícil..." (Todos)
"Action Painting" (Af.)


Chegou, então, o momento de, também nós, explorarmos esta técnica artística e de sermos verdadeiros artistas.

Por entre bibes sujos, roupas pintadas e sapatos salpicados lá fomos criando as nossas obras de arte.



Entre pinturas e pesquisas as nossas aprendizagens foram, então, sendo construídas. No entanto, detendo o educador o papel de desafiar as crianças, propus ao grupo que imaginasse como é que as pinturas do Jackson Pollock seriam se fossem uma dança:

"Assim [gira a sua mão] ... a salpicar" (Ma.)
"Com o pincel" (Vi.)
"Assim [salta a sua mão]" (P.)

Levantadas as ideias prévias, distribuimos lenços por cada um de nós e demos, então, início à nossa dança.


Com as respostas encontradas, as experiências vividas e as aprendizagens construídas era, agora, tempo de comunicar às outras salas este projeto. Decidimos, então, que comunicaríamos o mesmo a duas salas de creche - a Sala da Marta Reis e a Sala da Carmo - e a duas salas de pré-escolar - a Sala da Mónica e a Sala da Xana. Decidimos, também, que, nestas comunicações, convidaríamos as duas salas de creche a pintarem connosco, enquanto às salas de pré-escolar faríamos o convite para dançarem com tecidos, como também nós dançaramos.


O entusiasmo que fomos revelando ao longo deste projeto tornou-se de tal forma visível nas nossas comunicações, que contagiamos todos os grupos a, também eles, explorarem esta técnica e a descobrirem um pouco mais sobre Pollock.


Resta-nos, agora, dar por terminado um projeto que, nesta sala ainda se encontra em construção, e exporemos todo este percurso, para que toda a comunidade se delicie com ele. Não percam!

Numa escola em que as partilhas entre salas são constantes, o currículo torna-se emergente a cada dia e reveste-se de capital importância para a vida do grupo. Numa escola em que os interesses e as curiosidades das crianças são a base do currículo, as aprendizagens constroem-se de forma contextualizada, pertinente e desafiadora. Numa escola em que se vive um clime de livre expressão e de participação ativa, todos aprendemos e todos ensinamos diariamente.

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Abrimos as portas da nossa sessão de música

As quartas feiras de manhã são, na nossa sala, destinadas às sessões de música com a Margarida. São, por isso, manhãs de grande entusiasmo, de muitas cantorias, de várias explorações melódicas e de um encantamento constante.

Por serem momentos tão aprazíveis para todos nós, na passada quarta feira, decidimos convidar as nossas famílias a virem participar na nossa sessão de música.


No ginásio da nossa escola, recebemos as nossas famílias com um sorriso rasgado e a felicidade a transbordar.


Com eles, cantamos canções que nos são tão conhecidas e até lhes ensinamos como é que as poderiam cantar ...


Exploramos diferentes instrumentos de percussão e, com a ajuda das nossas famílias, agrupamo-los por tamanhos ...


Dançamos com lenços e usamo-los como um veículo de comunicação com as nossas mães, avós, pais e irmãos ...


Dançamos ao colo, trocamos olhares e carícias, mimamos e fomos mimados.


De uma sessão de música construímos um momento pleno de afetos, de interações, de partilhas e de muito amor.



Obrigada a todas as famílias por terem estado presentes.
Obrigada à Margarida por ser sempre incansável e brilhante em todas as suas ações.

terça-feira, 2 de abril de 2019

Os pais na nossa sala!

Nas últimas semanas, temos vivido na nossa sala um verdadeiro clima artístico. Entre Pollock e Matisse inúmeras têm sido as descobertas que temos construído sobre diferentes técnicas artísticas e os seus autores. Com o Dia do Pai a aproximar-se nada melhor do que convidarmos os nossos pais para se juntarem a nós num momento de desenho conjunto.


Com vários materiais dispostos pela nossa sala e com os nossos pais escolhemos os que pretendíamos usar. Claro que por entre lápis e canetas, desenhos e pinturas ainda houve espaço para ...


... gargalhadas e afetos ...



... conversas e partilhas ...

 

... bolos e bolachas ...


... e muitos abraços!

 


Houve, até, ainda tempo para partilharmos a prenda que decididimos realizar ...

uma obra de arte!



No fim do dia, partimos todos com a certeza de que, mais do que comemorarmos esta efeméride, celebramos o afeto, o amor, as interações e as partilhas.

Obrigada a todos por terem estado presentes!