As idas ao teatro são muito frequentes na nossa sala. Este ano já assistimos a dois espetáculos. No entanto, desta vez foi diferente: recebemos o teatro na nossa escola!
A notícia chegou à nossa sala na segunda feira à tarde. O espetáculo de teatro foi na sexta feira. Os restantes dias da semana fizeram-se marcar pelo entusiasmo e pela vontade sempre presente que este dia chegasse.
"Carolina, o teatro vem à escola!" (Ar.)
"A minha mãe disse que é dia de teatro." (G.)
A sexta feira chegou e, com ela, o espetáculo "Afinal ... o gato?", da Companhia Andante. Sabíamos que seria um espetáculo sobre um gato, mas, afinal, onde é que ele andava?
Durante, sensivelmente, quarenta e cinco minutos, deixamo-nos cativar pelo fantástico mundo de Fernando Pessoa mesmo sem saber que nele tínhamos entrado.
Escutamos poemas cantados.
Ouvimos o rufar dos tambores.
Observamos ações, cenários e movimentos.
Chamamos pelo gato e descobrimos qual a melhor forma para o fazer.
Assistimos e participamos.
Integramos o mundo do espetáculo.
Descobrimos Fernando Pessoa.
Com a Companhia Andante tivemos a possibilidade de viver um verdadeiro momento de animação cultural, que muito nos acrescentou.
No fim, ficou a vontade de que estes momentos de animação cultural se voltem a repetir.
"Carolina, vamos ao teatro?", pergunta Ar.
"Não, querido, já fomos. O teatro foi de manhã."
"Mas porquê? Não há mais?", responde Ar.
É que, afinal, somos felizes por sermos assim e por aprendermos assim na nossa sala.
Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.
"Gato que brincas na rua", de Fernando Pessoa
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