domingo, 2 de dezembro de 2018

Conhecer o mundo é consagrar os direitos das crianças

O direito à educação é consagrado internacionalmente e entendido como fundamental para todas as crianças. Neste enquadramento, a creche apresenta-se como uma instituição eminentemente educativa, que ao fazer prevalecer os direitos das crianças, do modo como a entendemos na nossa escola, entende que o contacto com a cultura deve ser constante. De facto, "ao criar a cultura humana ... criamos a nossa humanidade" (Mello, 2007, p.86).

Por esse motivo, de mãos dadas com a Sala da Marta saímos com direção ao Museu Berardo, no Centro Cultural de Belém. Ao longo do caminho, dialogamos sobre o que íamos observando: os estádios de referência da nossa cidade, a escola em que a Marta e a Carolina estudaram ... Esperava-nos um atelier: "Está alguém em casa?", logo nos perguntaram. E nós seguimos à descoberta!


Em conversa com a Inês, a nossa guia, começamos por descobrir o que é um museu, mas claro que nada melhor do que poder construir todas estas aprendizagens observando as obras de arte que neste museu se encontram. Até porque precisavamos de algumas delas para compormos a casa que nos acompanhou em toda esta visita.



Ao regressarmos à escola, percorremos todo o caminho com a certeza de que muitas aprendizagens havíamos construído: o que são obras de arte, o que são pinturas, o que são esculturas, o que é um museu. Claro que na nossa escola continuamos a construir as nossas próprias obras de arte!


As nossas experiências culturais não se ficaram, contudo, por aqui e, por isso, em conjunto com a Sala da Marta B., com a Sala da Marta R. e com a Sala da Carmo fomos assistir a uma peça de teatro: Jazzyababum, na Casa do Coreto.

Sentados em várias filas de almofadas e por entre olhares muito atentos, vimos aparecerem duas atrizes, que nos apresentavam objetos que nos são tão familiares (chuchas, fraldas, guarda-chuvas, marionetas) e que nos cantavam canções que nos encatavam. Umas, porque já as conhecíamos. Outras, porque eram novas e nos convidavam a acompanhar o seu canto.




Ao longo do espetáculo, as gargalhadas, os sorrisos rasgados, as expressões faciais de surpresa e, por vezes, até de algum receio foram sendo partilhadas de uma forma sempre muito clara e evidente.

"Eu gostei um bocadinho, mas também tive um bocadinho de medo." (L.)
"Eu gostei da aranha" (Af.)
"Gostei da música da bola do Manel" (J.)

No fim, ficou a certeza de que estas experiências não só apoiam as crianças na apropriação e na construção da cultura, mas, também, na descoberta de novos sentimentos e na superação de alguns receios. 

Sair? Sim, porque as saídas são sempre momentos privilegiados de cronstrução da cultura humana!

Referências bibliográficas:
Mello, S. A. (2007). Infância e humanização: algumas considerações na perspectiva histórico-cultural. Perspectiva, 1(25), 83-104.

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