sábado, 23 de fevereiro de 2019

Uma cadela na nossa sala?!

Há muito que os diálogos na nossa sala nos levam até aos nossos animais de estimação. Há muito, também, que estes diálogos nos ajudam a revelar alguns dos nossos maiores medos e a tentar encontrar soluções para os mesmos. Há muito, também, que a vontade de recebermos os nossos animais de estimação na nossa sala é muita e a primeira experiência foi a de sermos visitados pela Paris Hilton, a cadela da Drica.


Antes de a Paris entrar na nossa sala, a Drica recordou-nos do quão importante era que não gritassemos, nem saltassemos, pois poderíamos assustar a Paris. E claro que nós cumprimos este pedido da Drica.


A Drica explicou-nos, também, que tinha comprado biscoitos para a Paris comer e que nós lhe poderíamos dar, sendo que, para isso, bastava que esticassemos a nossa mão. Claro está que, assim que a Paris entrou na nossa sala, logo a quisemos alimentar. Houve, até, quem se apropriasse da caixa só para si e que distribuísse os biscoitos pelas restantes crianças, para que as mesmas pudessem alimentar a Paris. É que, afinal, a Mi. tem mesmo medo de cães e, por isso, a sua participação foi a de distribuidora destes biscoitos. E que boa participação esta!


Da sua casa, a Drica trouxe, ainda, duas escovas, que nós pudemos usar para escovar a Paris. Houve, claro, contudo, quem optasse por só lhe fazer festinhas e por a acariciar. Escovar parecia ser uma tarefa muito árdua.



Com a Paris na nossa sala, alguns receios tornaram-se evidentes e outros foram sendo, progressivamente, superados. Houve quem nunca saísse do colo confortante do audlto. Houve, também, quem iniciasse esta atividade no canto oposto da sala e, progressivamente, se fosse aproximando: primeiramente, apenas para dizer "olá, cadela!" e, de seguida, para a acariciar e, até, para a alimentar. Houve quem nunca saísse de perto da Paris e com a mesma interagisse como se fossem amigas de longa data. Nesta manhã, houve espaço para tudo, mas houve, sobretudo, tempo para nos construirmos como grupo e para nos respeitarmos como pessoas. Pessoas que têm medos, que têm receios, mas que não desistem de se superar.


Obrigada Paris por esta visita.
Obrigada Drica por este momento tão bom!

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